Rosa Amarela de Heitor Villa-Lobos

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UMA ROSA AMARELA

Sempre gostei de ti, AMARELO!

Do AMARELO quente do sol projectado no mar…

Do AMARELO da casca da banana.

Do AMARELO das pétalas do malmequer.

Do AMARELO, do vestido de Verão usado quando adolescente.

Quando o meu olhar se fixa numa rosa amarela, vê nela alegria, felicidade e carinho.

Os meus ouvidos prendem-se então, a um poema cantado. E sim, nesse momento, sinto-me feliz. Logo, eles querem cantar e dançar a “Rosa Amarela” de Villa-Lobos:

“Olha a rosa amarela

Rosa tão bela

Tão bela rosa.

Iá-iá meu lenço, ou iá-iá!

Para me enxugar, ó iá-iá!

Esta despedida ó iá-iá!

Já me fez chorar, ó iá-iá.”

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Música sentida e vivida só poderia ter um pai de muitas artes – Heitor Villa-Lobos. Para além de compositor, também foi maestro, violoncelista, pianista e violinista.

Quando se fala dele, diz-se que foi a “figura criativa mais significativa do séc. XX na música clássica brasileira”.

Nasceu no Rio de Janeiro em 1887 e até 1959, ano da sua morte, escreveu mais de 2.000 obras!

A sua originalidade deveu-se ao facto de ter composto peças onde misturou vários géneros, indo buscar influências às culturas regionais brasileiras e às canções populares e indígenas. conjugando tudo isto com a música clássica europeia.

O poeta Carlos Drummond de Andrade disse de Villa-Lobos quando este morreu: “Era um espectáculo. Tinha algo de vento forte na mata, arrancando e fazendo redemoinhar ramos e folhas. Caía depois sobre a cidade para bater contra as vidraças, abri-las ou despedaçá-las, espalhando-se pelas casas, derrubando tudo. Quando parecia chegado ao fim do mundo, ia abrandando, convertia-se em brisa vesperal, cheia de doçura. Só então percebia que era música, sempre fôra música!”

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